OS DESAFIOS DA INCLUSÃO NAS ESCOLAS: ENTRE O DISCURSO E A REALIDADE

MÃE NÃO CONVENCIONAL

Toda escola diz que é inclusiva. Mas basta conviver de verdade com uma criança com deficiência para perceber que inclusão ainda é, na maioria das vezes, apenas marketing institucional.

A teoria é bonita: acolher todas as crianças, respeitar as diferenças, adaptar conteúdos, garantir acesso.
Na prática, mães atípicas sabem o que enfrentam: exclusão disfarçada, despreparo pedagógico, falta de empatia e rotinas escolares que seguem girando como se a diversidade fosse um incômodo — e não parte da sala.

O problema não é só a estrutura. É a mentalidade.

Muitos professores ainda acreditam que estão “fazendo um favor” ao receber alunos neurodivergentes. Diretores empurram responsabilidades para famílias. E mães precisam lutar todos os dias por coisas que já são garantidas por lei: permanência, segurança, respeito, aprendizagem.

A criança atípica não está ali para “atrapalhar” o ritmo.
Ela está ali porque é um direito dela.

Mas parece que o mundo escolar não está pronto para entender que deficiência não é sinônimo de incapacidade. E que adaptar não é baixar o nível — é mudar o caminho para alcançar o mesmo destino.

Há escolas que recusam matrícula (ilegalmente).
Há escolas que “sugerem” transferência com desculpas sutis.
Há escolas que não aplicam prova porque “ele não vai entender mesmo”.
Há escolas que colocam a criança no fundo da sala com uma monitora que mal sabe o nome do aluno.

E no fim, a mãe ainda é culpabilizada. Dizem que é superprotetora, exagerada, difícil. Só porque exige o básico.

Incluir exige mais que boa vontade. Exige formação. Planejamento. Comprometimento. E, acima de tudo, humanidade.

E antes que digam que “a escola não tem recursos”, vale lembrar que o direito à educação inclusiva está na Constituição, na LBI (Lei Brasileira de Inclusão) e em normas do próprio MEC. O que falta não é norma. É vontade política, prioridade orçamentária e responsabilidade social.

Quem paga o preço da negligência é a criança.
Quem sofre as consequências é a mãe, que precisa preencher as lacunas deixadas pelo sistema.

Mas a escola não é um favor. É um direito.

E se a sociedade não entender isso, continuará excluindo — mesmo quando acha que está incluindo.

📌 Meu livro “MÃE ATÍPICA — Quem cuida de quem cuida?” fala com firmeza sobre tudo que a escola não quer ouvir. Um manifesto real de quem vive a inclusão no cotidiano, sem idealizações. Leia agora: 

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